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segunda-feira, 30 de maio de 2016

As religiões no mundo Grande parte dos conflitos mundiais tem origem a partir de questões religiosas. É bom ressaltar que existem fatores de caráter político, econômico, territorial, geopolítico, entre outros. Atualmente existem inúmeras religiões sendo praticadas no mundo, as principais são: Cristianismo: possui aproximadamente 2,2 bilhões de adeptos no mundo - essas pessoas são consideradas cristãs. Esse nome advém de Jesus Cristo que, segundo a crença de seus seguidores, veio para trazer a salvação para o homem. Essa religião é monoteísta (adora apenas um deus). Dentro do cristianismo ocorrem divisões, formando ramificações denominadas de: • Catolicismo: representa as pessoas que seguem a Igreja Católica Apostólica Romana, que possui como autoridade máxima o papa. No mundo são contabilizados cerca de um bilhão de católicos. • Ortodoxo: é uma religião cristã oriunda de uma separação que aconteceu na Igreja Católica Romana no século XI e que se dispersou no oriente. As principais igrejas são a Católica Ortodoxa e Ortodoxa Russa. • Protestantes: emergiu a partir de divergências de opiniões dentro da Igreja Católica no século XVI. O surgimento dessa ramificação cristã está ligado à Reforma Protestante. Martinho Lutero foi quem liderou a revolta contra a venda de perdão por parte do clero, além de ser contrário aos dogmas praticados pela Igreja Católica, como a impossibilidade de engano por parte do papa e também a veneração a santos. Islamismo: é uma religião monoteísta que surgiu no século VII, foi criada por Maomé, seu principal líder. O livro sagrado é o Corão, atualmente possui cerca de um bilhão de adeptos no mundo e é a que mais cresce. O islamismo é difundido especialmente na Ásia e na África, porém existem muitos seguidores em países como a Inglaterra e a Espanha. Budismo: é uma religião criada por Buda, um príncipe chamado Sidarta Gautama. Surgiu na Índia, no século VI a.C. Dentro do budismo não existe hierarquia, até porque não há um deus, somente um líder espiritual, que é o Buda. No mundo existem cerca de 400 mil seguidores, sobretudo, na Ásia. Hinduísmo: é uma religião praticada fundamentalmente na Ásia, possui um conjunto de preceitos, doutrinas religiosas baseadas nas escrituras sagradas do Vedas, livro que guarda textos, hinos, louvores e rituais. Judaísmo: teve início na Palestina, ainda no século XVII a.C. É uma religião monoteísta, seu patriarca é Abraão. Atualmente são aproximadamente 14 milhões de seguidores no mundo.
Os jainistas (ou jinistas) consideram que sua religião é mais antiga do que o hinduísmo, o que não é verdade. Segundo os historiadores, o jainismo foi fundado por Nataputra Vardhamana, ou Mahavira – “Grande Herói”, em sânscrito –, por volta do ano 500 a. C.. Para os jainistas, o carma é ao mesmo tempo processo e substância. Assim como o budismo e o hinduísmo, o jainismo crê no dualismo ação e reação (as ações produzem reações), com a diferença de que o carma se incorpora à alma como se fosse uma substância. No entender dos jainistas, o universo é eterno e não foi criado por nenhum tipo de ser. Eles negam a existência de um demiurgo – o criador e mantenedor do universo. Os jainistas não veem Mahavira como fundador da religião, que acreditam ser eterna. Mahavira seria apenas um tirthankara, um ser que conseguiu se libertar dos “ciclos de renascimento” e alcançar a perfeição espiritual. Para os devotos do jainismo, existiram 24 tirthankaras. Mahavira seria apenas o último. Em seus cultos, os jainistas homenageiam os tirthankaras banhando suas estátuas com flores, arroz, mel e chá. Os principais festivais jainistas são o Mastakabhisheka, o Kartik Purnima, o Mahavira Jayanti (celebração do nascimento de Mahavira) e o Divali (interpretação jainista do Festival das Luzes indiano). Os jainistas representam uma minoria no oceano de crenças indiano. Eles não passam de 24 milhões (menos de 1% da população). Só para se ter uma ideia, o hinduísmo – religião predominante na Índia – possui mais de 800 milhões de seguidores. Não há apenas uma vertente jainista. Como na maioria das religiões, existem vários ramos e subdivisões. Alguns, por exemplo, são absolutamente contra o culto de imagens. Os jainistas respeitam todas as formas de vida. No entender deles, a vida é sagrada e não deve ser destruída. Tanto que, antes de ingerir o alimento, eles o examinam minuciosamente para evitar engolir algum inseto ou verme que porventura ali estejam. Se você acha que os jainistas são “um tanto exagerados”, veja mais essa: muitos monges jainas mantém a parte inferior do rosto coberta (normalmente lenços ou uma espécie de “máscara cirúrgica”) para conservar a boca fechada e, assim, evitar engolir sem querer qualquer ser vivo que voe. Se, em visita a Índia, você cruzar com uma pessoa de boca coberta varrendo o chão, não se espante. Os seguidores mais fervorosos do jainismo costumam varrer delicadamente o chão para tirar os seres viventes do caminho e, desse modo, evitar que sejam pisoteados e mortos. Os monges jainistas – ou jainas – pregam o desapego das coisas materiais. Tanto que uma parcela desses devotos não usa vestimentas. Eles passam anos sem vestir qualquer tipo de roupa.
Judaísmo? Budismo? Hinduísmo? Afinal, qual é a religião mais antiga do mundo? Os historiadores e especialistas em religião são quase unânimes: é o hinduísmo, crença seguida por 80% da população da Índia. O hinduísmo possui cerca de 3 500 anos de história e surgiu com os primeiros textos sagrados, os Vedas. Muitos pesquisadores, no entanto, acreditam que suas origens sejam ainda mais antigas, remontando à pré-história. O conteúdo dos Vedas é composta em quatro volumes escritos em versos. Os primeiros registros surgiram por volta do século 2 a. C., mas antes disso ele já eram transmitidos oralmente. O hinduísmo é comumente chamado de Sanātana Dharma por seus praticantes, expressão que quer dizer “A Eterna Dharma” – algo como “A Eternal Lei”. Os hindus cultuam um grande número de divindades, mas as principais são Brahma (o princípio criador), Vishnu (deus do sol) e Shiva (deus das tempestades). Apesar de não possuir uma formulação teológica unificadora, o hinduísmo possui diversos elementos que dão unidade aos seus dogmas e crenças. Um deles é justamente o respeito aos Vedas. Os Upanishads são partes das escrituras sagradas hindus que tratam de filosofia e meditação, além de debates de cunho religioso. O Ramaiana (Rāma e ayana “indo, avançando”, cujo sentido é “a viagem de Rama”) possui mais de 23 000 versos e foi escrito pelo poeta Valmiki. Conta a história da luta de um príncipe contra o demônio que abduziu sua esposa. O Mahabharata é, juntamente com o Ramaiana, um épico clássico hindu. Com 74 000 versos, ele é visto pelos adeptos do hinduísmo como um verdadeiro manual de conduta humana e evolução espiritual. O Bhagavad-Gita (cujo significado é “Canção de Deus” ou “Canção do Mestre”) é um texto do Mahabharata – apesar de ter sido escrito em época mais recente. A grande maioria das correntes filosóficas hindus sustenta a crença em um princípio superior e onipresente da realidade (e que seria uma entidade abstrata): Brahma. Apesar disso, os hindus cultuam um grande número de deuses. Os cultos às divindades são separados e distintos, como se fossem cultos monoteístas. Os deuses mais cultuados são Brahma, Vishnu, Shiva, Kali, Durga, Shakti, Ganesh (que é conhecido como o deus-elefante), Rama, Parvati, Garuda, Sita, Uma, Nandi e Matsia. Os hindus não tem uma formula para suas orações. Em outras palavras, não existe um “jeito hindu de orar”. Mas todos fecham os olhos durante as orações, para que os sentidos fiquem voltados para o seu mundo interior. O símbolo do hinduísmo (equivalente à Estrela de Davi para os judeus e a cruz para os cristãos) é o Om – forma escrita do principal mantra hindu. Um dos princípios da religião hindu é a crença no carma (o princípio moral de causa e efeito), no atman (a natureza da alma), no dharma (deveres da pessoa perante a sociedade) e no samsara (reencarnação). Outro princípio básico do hinduísmo (embora não-obrigatório) é a peregrinação aos locais sagrados da religião, como a cidade de Varanasi e o rio Ganges. Uma das características do hinduísmo é o culto à vacas. Acredita-se que ele seja tão antigo quanto os Vedas (algo em torno de 1 500 a. C.). As vacas são consideradas superiores aos brâmanes, a casta mais elevada do sistema indiano. Elas podem circular pelas cidades sem serem incomodadas, apesar de nem todo indiano concordar com isso. O nascimento, o casamento e a morte são eventos carregados de rituais. Os mortos são normalmente cremados em cerimônias públicas e suas cinzas lançadas no rio Ganges. O fogo tem um significado ritual muito forte. Os hindus acreditam que, durante a cremação, o deus do fogo purificará o cadáver e libertará sua alma. O rio Ganges (ou Ganga, para os hindus) nasce no Himalaia e possui 2 510 quilômetros de extensão. Considerado sagrado para o hinduísmo, ele representa a deusa Ganga. Existem diversas cidades sagradas no hinduísmo, mas a principal é Varanasi (também conhecida como Benares), no Estado de Uttar Pradesh. Os hindus acreditam que Varanasi foi fundada por Shiva há mais de 5 000 anos. Relacionado
A RELIGIÃO HINDUÍSTA Índia As crenças e cultos das antigas populações do vale do rio Indo e dos arianos formaram as bases do hinduísmo. (A palavra hinduísta, da mesma raiz do rio Indo, significa simplesmente "indiano"). Crenças e rituais religiosos são os elementos principais da vida de cada hindu e os preceitos do hinduísmo servem de guia para os aspectos espirituais e práticos. O hinduísmo permite que cada hindu escolha sua forma de culto; por isso esta religião se caracteriza por uma imensa diversidade e pela capacidade excepcional que tem demonstrado, através da história, de abranger novos modos de pensamento e de expressão religiosa. Diferentemente de outras religiões, a religião hinduísta não tem fundador, credo fixo, nem organização de espécie alguma. Para todos os hindus a suprema autoridade são os quatro Vedas: Rig-Veda, Sama-Veda, Yojur-Veda e Atharva-Veda. Livro dos Vedas, quatro coletâneas de textos sagrados escritos em védico, uma forma antiga do sânscrito. Vedas, em sânscrito, significa saber, conhecimento. Os Vedas ou Veda contêm hinos, orações e provérbios populares. Antes de serem escritas as tradições, sábios chamados de rishi transmitiam-nas oralmente. O mais antigo é o Rig-Veda, escrito em sânscrito arcaico entre 1300 e 1000 a.C. Ao Rig-Veda foram agregados outros dois: o Yajur-Veda (livro do sacrifício) e o Sama-Veda, de hinos. Um quarto livro, o Atharva-Veda, uma coleção de palavras mágicas, foi incluído em torno de 900 a.C. Nesta mesma época, também foram escritos os Brahmanas e, no início de 600 a.C., os Upanishad. Com importância especial na evolução do pensamento hindu, os Upanishads (800-300 a.C.) são uma famosa coletânea de Vedas, composta de textos místicos e esotéricos, conhecidos como vedanta. Os Upanishads servem de base para um dos seis sistemas ortodoxos da filosofia hindu e até hoje são os textos hindus mais lidos. Escritos sob a forma de conversas entre mestre e discípulo, além dos conceitos básicos sobre o certo e o errado e sobre o destino humano, os Upanishads introduzem a noção de Brahman - o "Princípio Supremo", fundamento do Universo.A preocupação principal desta linha de pensamento é o conhecimento do Brahman, o ser supremo, puro e universal, uma realidade onipresente concebida como aquilo que preenche tudo. Para os hindus, o Brahman é a força espiritual essencial em que se baseia todo o universo. Todos os seres vivos nascem do Brahman, vivem no Brahman e, ao morrer, retornam ao Brahman. CARMA E REENCARNAÇÃO Outro conceito-chave na filosofia dos Upanishads é que o homem tem uma alma imortal, uma centelha divina. O propósito de um hindu é de retornar ao Brahman e voltar a fazer parte do mundo espiritual. Para atingir esse ponto, a alma deve ser purificada, mas como ninguém espera que um ser humano consiga purificá-la em uma única vida, após a morte de um indivíduo esta alma renasce numa nova criatura vivente. A ideia de trânsito da alma para um novo corpo ou forma de ser é conhecida como transmigração ou reencarnação. A alma (atmã) vai reencarnar em corpos diferentes até se purificar. Nesse ciclo há uma ordem inexorável que vai de uma existência à outra. Uma alma pode renascer numa casta mais alta ou mais baixa ou pode passar a habitar um corpo animal. Castas são grupos sociais fixos. Cada casta tem suas próprias regras de conduta e de prática religiosa, que determinam com quem a pessoa pode comer, com quem pode se associar e que tipo de trabalho pode realizar. Era proibido relacionar-se com as castas inferiores, a não ser para a execução das tarefas diárias. De acordo com os textos sagrados hindus, cada indivíduo está predestinado a pertencer à uma casta. O impulso por trás dessa ordem, que a mantém sempre em movimento, é o carma de cada homem. Palavra sânscrita que significa "ato", o carma se refere a palavras, pensamentos e sentimentos - não apenas aos atos. O carma, portanto, é o conjunto de todas as ações, boas ou más, cometidas por um ser humano em suas vidas passadas. A ideia de que todas as ações têm consequência e de que estas podem aparecer após a morte do indivíduo não é única do hinduísmo. O que difere é que, segundo a filosofia hindu, todas as ações da vida e somente elas formam a base para uma próxima vida. A religião hinduísta não acredita em destino cego nem em divina providência; acredita que "o homem colhe aquilo que semeou". A responsabilidade pela vida de um hindu no dia de hoje e por sua próxima encarnação será sempre dele. Ou seja, o que a pessoa experimenta nesta vida em termos de riqueza e pobreza, alegria ou dor, saúde ou doença, é resultado de suas ações numa vida anterior. É dessa forma que o hinduísmo explica as diferenças entre as pessoas. Os ensinamentos hindus sobre casta, dhrama e carma são interligados. Seguindo e respeitando apropriadamente o dhrama (código de conduta), o hindu poderá ter um bom carma, uma vez que, apesar de uma pessoa ter que se submeter ao carma que herdou de uma vida anterior, ela também tem o livre-arbítrio no âmbito de sua existência atual, podendo melhorá-la e assim lançar as bases para uma vida melhor na sua próxima encarnação. O sistema de casta reflete também a crença hindu de que as pessoas nascem com níveis diferentes de conhecimento. Os Brahmins, os mais sábios, eram considerados o grupo social mais puro. Segundo a ideia central dos Upanishads, é a ignorância do homem o que o amarra ao ciclo da reencarnação. Ele consegue se libertar quando compreende a verdadeira natureza da existência, isto é, que a alma humana (atmã) e o mundo espiritual (Brahman) são uma coisa só. O atmã (a centelha divina) é parte integrante não só dos seres humanos, mas também das plantas e animais. Isto é conhecido como panteísmo. AS DIVINDADES HINDUS A multiplicidade do hinduísmo também se manifesta em seu conceito de Deus.Em sua forma mais filosófica, o conceito hindu de divindade é panteísta. A divindade não é um ser pessoal; é uma força, uma energia que permeia tudo. Do outro lado do espectro há um conceito politeísta: a crença num grande número de deuses e deusas, apesar de todos serem considerados símbolos do Brahman. Apesar de cada divindade poder aparecer de várias formas, todas são partes do espírito universal, o Brahman. deuses Hindus Os deuses mais importantes são Brahman, o criador; Shiva, o destruidor; e Vishnu, o preservador. Entre as várias divindades femininas há uma, grande e poderosa, que é a "Rainha do Universo" ou "deusa-mãe". Sua manifestação mais conhecida é Kali. A religião hinduísta permite que cada hindu escolha sua forma de culto. Pessoas de diferentes regiões adoravam divindades diferentes e tinham sua própria forma de culto, porém, todos cultuavam o Brahman. Hinduísmo Ver Próximo Artigo: Leis de Noé Apostilas
Religião Chinesa - História da Religião Chinesa Introdução O Confucionismo e o Taoísmo são consideradas religiões chinesas, mas ambas começaram como filosofias. Confúcio, do mesmo modo que seus sucessores, não deu importância aos deuses e se voltou para a ação. Por sua vez, os taoístas apropriaram-se das crenças populares chinesas e da estrutura do budismo. Como conseqüência, surgiu uma corrente separada do "taoísmo religioso", diferente do "taoísmo filosófico" que se associava aos antigos pensadores chineses Lao-Tsé e Zuang-Zi. O budismo chegou à China pela primeira vez durante o final da dinastia Han, arraigou-se rapidamente e templos como o da fotografia foram construídos. Os comunistas eliminaram a religião organizada ao tomarem o poder em 1949 e a maior parte dos templos foi reorganizada para usos seculares. A Constituição de 1978 restaurou algumas liberdades religiosas e, atualmente, existem grupos budistas e cristãos ativos na China. História Desde tempos remotos, a religião chinesa consistia na veneração aos deuses liderados por Shang Di ("O Senhor das Alturas"), além de venerações aos antepassados. Entre as famílias importantes da dinastia Chou, este culto era composto de sacrifícios em locais fechados. Durante o período dos Estados Desunidos (entre 403 e 221 a.C.), os estados feudais suspenderam os sacrifícios. Na dinastia Tsin, e no início da Han, os problemas religiosos estavam concentrados nos "Mandamentos do Céu". Existiam, também, seguidores do taoísmo-místico-filosófico que se desenvolvia em regiões separadas, misturando-se aos xamãs e médiuns. No final da dinastia Han, surgiram grandes movimentos religiosos. Zhang Daoling, declarou haver recebido uma revelação de Lao-Tsé e fundou o movimento Tianshidao (O Caminho dos Mestres Celestiais). Esta revelação pretendia substituir os cultos populares corrompidos. A doutrina transformou-se no credo oficial da dinastia Wei (386-534), sucessora da Han, inaugurando, assim, o "taoísmo religioso" que se espalhou pelo norte da China. A queda da dinastia oriental Jin (265-316) fez com que muitos refugiados se deslocassem para o sul, levando o Tianshidao. Entre 346 e 370, o profeta Yang Xi ditou revelações outorgadas pelos seres imortais do céu. Seu culto, o Mao Shan, combinava o Tianshidao com as crenças do sul. Outros grupos de aristocratas do sul desenvolveram um sistema que personificava os conceitos taoístas, transformando-os em deuses. No início do século V, este sistema passou a dominar a religião taoísta. Durante o século VI, com a reunificação da China nas dinastias Sui e Tang, o taoísmo se expandiu por todo o império e passou a conviver com outras religiões, como o budismo e o nestorianismo. O Taoísmo continuou a se desenvolver na dinastia Song, expulsa em 1126. Sob o domínio de dinastias posteriores, a religião taoísta desenvolveu a Doutrina das Três Religiões (Confucionismo, Taoísmo e Budismo). Com o advento do comunismo na China, o Taoísmo religioso foi vítima de perseguições. Todavia, as tradições foram mantidas na China continental e estão conseguindo ressurgir. Práticas O taoísmo religioso considera três categorias de espíritos: deuses, fantasmas e antepassados. Na veneração aos deuses, incluem-se orações e oferendas. Muitas destas práticas originaram-se dos rituais do Tianshidao. O sacerdócio celebrava cerimônias de veneração às divindades locais e aos deuses mais importantes e populares, como Fushoulu e Zao Shen. As cerimônias mais importantes eram celebradas pelos sacerdotes, já os rituais menores eram entregues a cantores locais. O exorcismo e o culto aos antepassados constituíam práticas freqüentes na religião chinesa. O taoísmo religioso tem sua própria tradição de misticismo contemplativo, parte da qual deriva-se das próprias idéias filosóficas.
Religiões Chinesas A China é um país de muitas religiões e conta com mais de 100 milhões de crentes. Professam-se o budismo, o islamismo, o catolicismo e o protestantismo. Além destas, há o taoísmo, próprio do país, o chamanismo, a igreja ortodoxa oriental e a religião dongba. Naturalmente, as diversas etnias e pessoas têm religiões diferentes: o islamismo se professa entre as etnias Hui, Uygur, Cazaqui, Quirguiz, Tártara, Usbequi, Tajik, Donxiang, Salar e Bonan, o budismo tibetano (também chamado de lamaísmo) entre as etnias tibetana, mongol, Lhoba, Monba, Tu e Yugur, entre as etnias Dai, Blang e De'ang, o budismo da seita hinayana, entre as etnias Miao, Yao, Yi e outras há uma boa quantidade de católicos e protestantes, entre a etnia Han há budistas, protestantes, católicos e taoístas. Essas religiões estabeleceram organizações próprias, de caráter nacional e local. São de caráter nacional a Associação Budista da China, a Associação Taoísta da China, a Associação Islâmica da China, a Sociedade Patriótica Católica da China, a Sociedade de Bispos Católicos da China, o Comitê do Movimento Patriótico de Três Autonomias do Protestantismo da China, a Associação Protestante da China e outras. De acordo com seus estatutos, as organizações religiosas elegem os órgãos de direção e os dirigentes, administram com independência os assuntos religiosos, fundam centros docentes religiosos, imprimem livros sagrados, publicam revistas religiosas e se dedicam aos assuntos de bem-estar social.
AS RELIGIÕES E O SAGRADO A missa no domingo, a pregação do pastor, os batuques do candomblé, a peregrinação a Meca, o sacrifício de animais ou as orações no muro das lamentações. Todos esses eventos são considerados manifestações religiosas, todos eles estão ligados a alguma religião. Mais afinal o que é uma religião? Como que atividades tão diferentes podem ser reunidas sob um único nome, isto é, religião. O que tem em comum o islamismo, o cristianismo, o judaísmo e o candomblé para serem chamados de religião? Alguns poderão dizer: é religião porque acredita em Deus! Errado! Existem as religiões politeístas que acreditam em diversos deuses. Ou seja, acreditar em Deus não é critério para definir se algo é uma religião ou não. O filósofo e historiador romeno Mircea Eliade buscou entender o que é uma religião. Ele investigou quais características em comum tem atvidades tão diferentes. A palavra religião vem do latim: religio, formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e o verbo ligare (ligar, unir, vincular). A religião é um vínculo, re-liga o homem ao sagrado. Toda religião tem essa função, estabelecer um vínculo entre os homens e algo sagrado. Mas o é o sagrado? Sagrado é, pois, a qualidade excepcional – boa ou má, benéfica ou maléfica, protetora ou ameaçadora – que um ser possui e que o separa e distingue de todos os outros. O sagrado pode suscitar devoção e amor, repulsa e ódio. Esses sentimentos suscitam um outro: o respeito feito de temor. Nasce, aqui, o sentimento religioso e a experiência da religião. A manifestação de algo sagrado é chamado por Mircea Eliade de hierofania. A manifestação do sagrado pode se dar por meio de uma pedra, uma árvore, uma montanha, uma pessoa. Na religião cristã, por exemplo, a manifestação do sagrado se dá por meio da encarnação de Deus em Jesus Cristo. Em todos esses fenômenos existe a compreensão de que algo que pertence a “uma ordem diferente” ou “a um outro mundo” se manifesta no nosso mundo profano. O profano é justamente aquilo que não é sagrado. O espaço sagrado Na imagem ao lado vemos a foto da mesquita de Meca, este é um lugar considerado sagrado pelos Mulçumanos. Embaixo da foto da mesquita vemos a foto de um templo hindu. Logo abaixo vemos um barracão de candomblé. O que a mesquita, o templo e o barracão têm em comum? Todos eles são lugares considerados sagrados para as suas respectivas religiões. Toda religião é constituída por espaços sagrados, ou seja, lugares privilegiados onde o homem religioso pode entrar em contato com o sagrado. O espaço sagrado pode ser uma igreja, uma mesquita uma sinagoga, um barracão de candomblé. No entanto, os espaços sagrados não são somente construções humanas. Existem montanhas, florestas, campos que podem ser considerados espaços sagrados. ESTUDO DIRIGIDO -O texto abaixo é do livro “O sagrado e o profano” do filósofo e historiador Mircea Eliade. Leia atenciosamente o texto para em seguida responder as questões. ......................................................................................................................................................................... Para o homem religioso, o espaço não ê homogêneo: o espaço apresenta roturas, quebras; há porções de espaço qualitativamente diferentes das outras. “Não te aproximes daqui, disse o Senhor a Moisés; tira as sandálias de teus pés, porque o lugar onde te encontras é uma terra santa.” (Êxodo, 3: 5) Há, portanto, um espaço sagrado, e por conseqüência “forte”, significativo, e há outros espaços não sagrados, e por conseqüência sem estrutura nem consistência, em suma, amorfos. [...] A fim de pôr em evidência a não homogeneidade do espaço, tal qual ela é vivida pelo homem religioso, pode-se fazer apelo a qualquer religião. Escolhamos um exemplo ao alcance de todos: uma igreja, numa cidade moderna. Para um crente, essa igreja faz parte de um espaço diferente da rua onde ela se encontra. [...] Assim acontece em numerosas religiões: o templo constitui, por assim dizer, uma “abertura” para o alto e assegura a comunicação com o mundo dos deuses. [...] Todo espaço sagrado implica uma hierofania, uma irrupção do sagrado que tem como resultado destacar um território do meio cósmico que o envolve e o torna qualitativamente diferente. Quando, em Haran, Jacó viu em sonhos a escada que tocava os céus e pela qual os anjos subiam e desciam, e ouviu o Senhor, que dizia, no cimo: “Eu sou o Eterno, o Deus de Abraão!”, acordou tomado de temor e gritou: “Quão terrível é este lugar! Em verdade é aqui a casa de Deus: é aqui a Porta dos Céus!” Agarrou a pedra de que fizera cabeceira, erigiu a em monumento e verteu azeite sobre ela. A este lugar chamou Betel, que quer dizer “Casa de Deus” (Gênesis, 28: 1219). [...] Quando não se manifesta sinal algum nas imediações, o homem provoca o, pratica, por exemplo, uma espécie de evocação com a ajuda de animais: são eles que mostram que lugar é suscetível de acolher o santuário ou a aldeia. Trata-se, em resumo, de uma evocação das formas ou figuras sagradas, tendo como objetivo imediato a orientação na homogeneidade do espaço. Pede se um sinal para pôr fim à tensão provocada pela relatividade e à ansiedade alimentada pela desorientação, em suma, para encontrar um ponto de apoio absoluto. Um exemplo: persegue se um animal feroz e, no lugar onde o matam, eleva se o santuário; ou então põe se em liberdade um animal doméstico – um touro, por exemplo –, procuram-no alguns dias depois e sacrificam no ali mesmo onde o encontraram. Em seguida levanta se o altar e ao redor dele constrói se a aldeia (Mircea Eliade. “O sagrado e o profano”).
O Sagrado e o Profano 1. SAGRADO: É tudo aquilo que divinizamos ou está relacionado ao divino, foco de respeito, veneração e até mesmo de adoração. São considerados sagrados, a própria divindade (Deus ou deuses), também os seres ligados diretamente a a ela, como os anjos, os avatares, etc. Além da divindade e dos seres ligados a ela também podemos identificar como sagrados coisas como alguns tipos de alimentos (o pão e o vinho oferecidos em sacrifício nos ritos cristãos da missa ou do culto), objetos (cálice, altar, roupas, bíblia, ícones, etc. a serviço do culto divino), lugares (templos, igrejas, sinagogas, montanhas, cidades, etc.), pessoas (profetas, sacerdotes, etc.), também existem outros tipos de coisas sagradas bastante curiosas como: árvores, pedras, o sol, a lua, etc. O Sagrado está quase sempre relacionado a ideia de santidade, mas não necessariamente no sentido de perfeição, e sim também no sentido de propriedade, ou seja, enquanto certas coisas ou seres são propriedades do Ser ou dos seres divinos em questão. Isso ocorre por exemplo como no caso do povo de Israel que é um povo considerado sagrado mediante a aliança realizada entre Javé (Deus) e o patriarca Abraão, cujo trato (aliança) conforme está escrito na Torá, torna os descendentes de Abraão, propriedade de Javé, mas não exige do povo perfeição, apenas que este adore e sirva a Javé como Deus Único e não venham a adorar outros deuses. 2. PROFANO: Ao contrário do sagrado o profano é tudo aquilo que está relacionado ao mundo atual em que vivemos, também chamado de século. Mas é importante ressaltar que quando falamos de profano, não estamos nos referimos ao mundo como algo negativo ou ruim. Talvez algumas religiões possam ter uma visão negativa do mundo, mas não podemos generalizar. O próprio Jesus afirmou certa vez que não é o que vem de fora (do mundo) que torna o homem impuro e sim o que sai de dentro do homem, pois tudo o que Deus criou é bom. O ser humano é quem destrói as coisas, mata por inveja, vingança, rouba, destrói a natureza, etc. Quando nos referimos ao elemento profano estamos nos referimos ao mundo atual em que vivemos com as coisas diárias que fazemos, e que não possui relação alguma com a divindade ou divindades, refere-se exclusivamente a vida humana em si, como o ato de namorar, trabalhar, estudar, comercializar, etc e que nada tem a ver com o culto as divindades. Deste modo, são profanos todos os atos e relações humanas que não estão relacionados ao culto à divindade. 3. A IMPORTÂNCIA DE RESPEITAR O SAGRADO: Sagrado não é apenas aquilo que existe dentro da religião que pertencemos, pois o que é sagrado para a minha religião, pode não ser para outra. Mas quando há respeito mútuo, aprendemos a conviver com harmonia e consideração. Pomos fim às guerras religiosas e as perseguições e valorizamos o que talvez há de melhor na religião do outro. Ter uma ideia negativa do profano achando que o mundo e as coisas mundanas são sinais de pecado e de impureza é desconsiderar que tudo o que existe foi criado por Deus, um ser superior e transcendente que nos permitiu tudo isso que temos ao nosso redor, para a nossa sobrevivência e para a nossa felicidade. Não podemos negar a nossa condição mundana e a nossa transcendência só será possível não se negarmos o profano, mas se tornamos sagrado a realidade que vivemos através de atitudes transformadoras que traga o bem estar e a qualidade de vida para todas as pessoas do nosso mundo. Quando respeitamos o sagrado do outro, temos o direito a exigir respeito ao que é sagrado para mim. 4. AGORA TESTE O SEU CONHECIMENTO: 1. Dê exemplos de espaços sagrados e profanos explicando a diferença entre eles. 2. É correto afirmar que o profano é sinônimo de algo pecaminoso ou totalmente negativo? Explique. 3. Quando que o profano se torna algo negativo e ruim e quando que ele é positivo e bom? 4. Explique a importância de se ter que respeitar os elementos sagrados de cada religião. 5. Explique por que a ideia de sagrado nem sempre está obrigada à ideia de perfeição?
O ENSINO RELIGIOSO COMO FORMAÇÃO ÉTICA DO SER HUMANO Natanael José dos Santos RESUMO Este artigo aborda a influência do Ensino Religioso nas escolas. Com base na formação de um alunado que venha compreender melhor a si mesmo, para que possa ir mais corajosamente e objetivamente à procura do seu rosto e poder dizer “eu” de modo autêntico. E é a partir da própria vida e do comportamento que cada indivíduo vai caracterizando sua personalidade escolhendo e definindo, as ocupações às quais irá se dedicar, e com isso descobrir o empenho sério com a própria vida que o homem descobre a si mesmo, e assim tentar mostrar o quanto a Formação Ética é importante na vida do ser humano. Discutiremos aqui o Ensino Religioso não como uma catequese ou um ensinamento doutrinário, mas um aprendizado e uma preparação para a vida. Palavras - chave: formação; ensino religioso; ética; cuidar; vivência; aprendizado. INTRODUÇÃO Há uma crise ética, que atinge as estruturas fundamentais do ser humano inserido na sociedade, na família, na escola. Entretanto, os pais e educadores encontram no cotidiano a difícil tarefa de educar seus filhos e seus alunos na verdade, na justiça, no respeito, no amor. Certamente, muitos professores têm experiências negativas em suas famílias e na sociedade e diante dessa problemática e de outras o Ensino Religioso poderá atuar como formação ética do ser humano, despertando no adolescente e no jovem a necessidade deles assumirem as tarefas da vida com responsabilidade, sendo capazes de responder por seus próprios atos. Se as instituições escolares têm a função de formar cidadãos capazes de participar ativamente na sua comunidade, é através da gênese ético que deve ser vista como questões emergentes, sabendo-se que a escola, a família e a comunidade nos mostram um relacionamento junto aos problemas que afetam a vida social, política e econômica. O Ensino Religioso não deve ser visto como complemento de carga horária para professores, mas, como um ideário que impulsiona a formação ética do cidadão, por meio de uma transformação que advém para cada pessoa que diretamente é provocada pelo ensino e os conteúdos disciplinares que lhes são oferecidos. Definindo a educação religiosa das mais diferentes formas, percebemos que o objetivo central do Ensino Religioso que aflui para um desenvolvimento pleno de transformação do sujeito humano. Sabendo que essa disciplina tem a sua fundamentação e natureza, voltada para a realização integral do ser humano diante das suas necessidades e da procura de respostas para as perguntas fundamentais que todos se colocam diante da vida, bem como a procura da perfeição e da realização pessoal. Diante dos diversos ensinamentos que se dispõe na sociedade, os quais poderão ser encontrados nos objetivos que estão ligados à religião, principalmente quando se coloca a questão da transcendência a que se denomina Deus, podemos encontrar na comunidade em presença da realidade de cada individuo as respostas para determinados questionamentos que a convivência nos coloca. Mesmo diante de tantas pessoas (Pais, alunos, colegas, etc.), de várias tradições religiosas, os educadores localizarão o que há de comum numa proposta educacional que tem como objetivo de estudo o Transcendente (Parâmetros Curriculares Nacionais). É comemorada por algumas pessoas uma grande conquista a aprovação em lei (LDB em seu artigo 33 - Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996), porém ninguém pode negar a complexidade e seriedade desta questão. Pretendo discutir no presente Artigo, a (re) significação das atividades do Ensino Religioso, como um aprendizado a partir da realidade de cada educando, que buscando a construção da identidade de cada um, tem o ideário de professores especializados na área, transformando algumas atitudes para um contexto atual. 1. A NATUREZA DO ENSINO RELIGIOSO Para entendermos o Ensino Religioso como um processo global, integral é necessário olhar através de uma totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento e a compreensão da razão de ser, o Ensino Religioso deve fazer parte de uma concepção de educação. Toda sociedade possui um espaço cultural que lhe confere um caráter todo particular e fundamenta toda a sua organização dentro de um contexto político, social, religioso etc. E não é senão a parte da compreensão desse espaço que poderemos construir com as novas gerações, com os novos comportamentos que a mesmas apresentam diante de uma nova realidade que são propostas perante as imagens do individualismo, do descartável e das experiências religiosas sem instituições. Em presença dos fatos reais que a vida proporciona ao ser humano, a escola deverá oferecer em vista desses fatos o conhecimento religioso como um patrimônio da humanidade que se caracteriza pela busca de compreensão do sujeito, através de um diálogo que deve estimular por meio da interdisciplinaridade como estratégia que irá considerar esta nova representação do indivíduo. O Ensino Religioso proporcionará o reconhecimento de cada indivíduo através da sua cultura que faz uma demonstração especifica de cada um por meio do caráter universal e da antropologia cultural. Precisamos perceber que o Ensino Religioso não deve ser só uma experiência de fé, mas uma experiência através da razão do ser, sobre o fundamento do conhecimento que a antropologia filosófica reconhece os fenômenos religiosos como decorrência de uma prosperidade humana e da condição existencial, especialmente pelo interesse que a ordem pedagógica poderá dizer, e o especifico do Ensino Religioso deverá educar e proporcionar um relacionamento da melhor forma possível com a própria realidade que o cerca, que deverá ser questões diretamente ligadas à vida diante de uma reflexão de procedimento orientado ante um comportamento ético. A matéria Ensino Religioso deve ser desvinculada das religiões que se institucionalizaram e se tornaram organizações públicas ou privadas, sustentadas oficialmente como um bem do estado ou de um grupo, através da comunidade política que foi introduzida entre éticas regulada pela fidelidade dos cidadãos aos costumes e bens da comunidade política onde as práticas religiosas eram ditadas pela fidelidade aos ritos celebrativos, independente da qualidade ética dos cidadãos, como dos sacerdotes que as presidem. Assim, se tornou um dos graves problemas do cristianismo, a dicotomia entre religião e vida, que marcou fortemente a religião. Tudo isso é para nos mostrar a necessidade que temos de trabalhar o Ensino Religioso fora do proselitismo, procurando um profissionalismo que seja orientado e capacitado por uma ética e atuação muito maior que a prática que eles possuem até os dias atuais, onde os conteúdos deixaram de ser exclusivamente uma reflexão de valores e passam a explicitar outras áreas especificas dos conhecimentos religiosos que envolverão o ser humano sendo ele o educando ou o educador. A comunidade de fé não deve ser na sala de aula, porque cada aula precisa ser um momento privilegiado de reflexão sobre limites e superações. Isto implica a necessidade de se construir uma pedagogia que favoreça tal perspectiva que venha ser um objeto fruta de uma experiência pessoal interpretada na teoria e na prática, buscando respostas para as questões existenciais. Nesse processo, encontramos a elaboração de uma linguagem simbólica colaboradora na descoberta das experiências a partir da realidade de cada um, a qual poderá considerar como aspecto essencial aquilo que nos mostra a ação pedagógica do Ensino Religioso e a pedagogia do limite. Através dessa linguagem simbólica que podemos encontrar nos livros sagrados e na dimensão dos valores, onde irão decifrando a linguagem dentro de uma compreensão da experiência do transcendental. 2. A ÉTICA E O ENSINO RELIGIOSO Podemos observar diante de vários questionamentos que muitas pessoas fazem referente à ética e o Ensino Religioso, por exemplo: “para quê o Ensino Religioso se já temos a Ética como um dos temas transversais, com muitos conteúdos?” Analisando o Ensino Religioso desde tempos atrás, iremos perceber que a ética é um dos objetivos principais do Ensino Religioso. Quando não há uma doutrina religiosa, podemos perceber através de uma perspectiva a qual ética estamos nos referindo. Toda instituição religiosa comporta uma ética, e toda ética conflui numa religião, no entanto à medida que a ética se encaminha no sentido do Transcendente da vida humana, muitas vezes é necessário superar os erros dos limites da ética, propondo uma ética da consciência e da liberdade em lugar da ética da lei e da obrigação. Contudo, é no Ensino Religioso que podemos encontrar a raiz da ética que contemplará a busca da Transcendência que dá sentido à vida plena proporcionando a realização do ser humano, seja uma realização no âmbito pessoal seja no social. 3. OS VARIADOS CRITÉRIOS ÉTICOS. Várias experiências são verificadas diante das circunstancias históricas que mudam e integram a fatores e fenômenos que devem ser verificados em presença da realidade de cada ser. Podemos ressaltar a ética, como um acontecimento humano que vem carregado de estrutura modular, e cada modulo que compõem os diferentes critérios éticos. São eles: Eudemonista, hedonista, do dever, voluntarista, da liberdade e o da espiritualidade. Diante desses critérios temos a impressão de que a questão ética é enfocada de maneira restritiva. A complexidade do fenômeno moral é reduzida a apenas um de seus aspectos, a uma dimensão excessivamente privilegiada. Porém esta absolutização tem conseqüências negativas para a moral, podendo enfraquecer, empobrecer a amplidão e a riqueza do âmbito da ética. E assim não conseguirá permanecer coerentes com o todo da realidade moral, porque alucinam e negam certas propriedades fundamentais. Ademais, podemos constatar que muitos dos males que desintegram a vida social, política e econômica são frutos de uma mentalidade ética Eudemonista, hedonista, utilitarista, consumista, liberal, voluntarista e de caráter ditatorial. 4. ÉTICA E CIDADANIA. A educação tem um papel fundamental na formação do cidadão, seja no campo social, religioso ou familiar. O importante é que dentro da cidadania, encontramos embutida a ética e para podermos reafirmar a importância da mesma na formação do cidadão que muitas vezes se encontra cheio de egoísmo, argucioso, querendo tirar vantagem sobre tudo e sobre todos. A formação da cidadania tem que partir de casa, desde a criança, ou seja, através da educação familiar, porque é a partir dela que vêm as primeiras orientações, os primeiros ensinamentos e exigências, os deveres e direitos, os relacionamentos afetivos e sentimentais, os benefícios, os aprendizados e práticas de valores cidadãos no processo racional e emocional. Podemos observar um grande gesto cidadão quando temos a coragem de deixar o ambiente da forma que o encontramos. Porque é a partir desse gesto que percebemos o verdadeiro sinal de respeito e amor ao próximo. É na formação ética que a educação se nutre e se mantém do conhecimento e de um bom relacionamento, do bem comum, da qualidade de vida e da cidadania, a mesma traz dentro de si os seus pilares, como disciplina, ética, gratidão, religiosidade e solidariedade. A ética deve estar presente em todas as ações da Cidadania e principalmente na Familiar, a qual tem condição de reger o nosso comportamento e um deles é a perda do controle da razão; porque quando agimos sem pensar, prejudicamos muito as outras pessoas, os nossos relacionamentos e o ambiente que nos circunda. Salientamos que a ética pode ser ensinada aos filhos e aos alunos, assim, a mesma pode fazer parte de todas as ações dos nossos educando e se tornar tão natural, que possa ser vivenciada como algo que filhos e alunos já possuem desde o nascimento. Ao nascer uma pessoa, sabemos o quanto ela precisa do outro para sobreviver, e é através desses pontos éticos citados pelo o escritor Içami Tiba em seu livro Quem ama, Educa! São eles: O Amor Dadivoso; o Amor que Ensina; o Amor que Exige; o Amor que Troca; o Amor que Recebe (Cf. Cap.3, p.290-295/2007). Diante desses elementos que aludimos, podemos perceber o quanto temos que aprender a lidar com as questões do amor que com gestos simples e espontâneos como um sorriso, um beijo, um olhar carinhoso, é pequenos acenos que sem duvida alimentará a auto-estima do cidadão. 5. SEM CUIDADO DEIXAMOS DE SER HUMANO. Ao delinearmos algo em nossa vida, devemos ter o cuidado na construção ontológica da realidade, do querer e o desejar que se encontre enraizado no cuidado essencial. É a partir desse cultivo que nós educadores e pais teremos que apresentar na vida das nossas crianças, dos nossos jovens que estão se estruturando, uma prática onde levará os mesmos a entender e compreender o que é ser humano. A expressividade da atitude do cuidado, a dedicação, a preocupação é percebível diante da pessoa amada ou por um objeto de estimação. O cuidado somente brota quando a existência de alguém ou de algo é importante para o indivíduo. A partir desse momento, ele passa a se dedicar, a servir participando daquele destino, das buscas, dos sofrimentos e das alegrias, enfim, da vida da pessoa amada ou do objeto de estimação. Cuidado significa então esmero, diligência, zelo, atenção, bom trato. Em presença dessas denotações, podemos perceber uma atitude fundamental pela qual uma pessoa tem a condição de sair de si e centrar-se no outro com desvelo e solicitude. O profissional da educação e de modo especial o de Ensino Religioso diante do significado do saber cuidar, deverá ter o compromisso de mostrar aos seus educando que o cuidado sempre acompanha o ser humano porque este nunca deixa de amar e de se desvelar por alguém, sempre se preocupa, se envolve. Contudo, a desídia e acídia pela vida que amamos, revelariam a indiferença que é a morte do amor e do cuidar. 6. O ENSINO RELIGIOSO: UM CONJUNTO DE REGRAS. O Escritor Içami Tiba descreve em seu livro Disciplina, Limite na Medida Certa: Portanto, é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em sala de aula e, consequentemente, na escola. (Cf.117). E nós enquanto educadores terão que obedecer a esse conjunto de regras que a escola coloca em nossas mãos e ao mesmo tempo teremos que mostrar aos nossos alunos que eles também têm os mesmos deveres com a escola e só assim a escola terá um grande resultado. Devemos levar em consideração as características de cada um dos indivíduos, não se esquecendo das características do ambiente que também é fundamental para o desenvolvimento e aprendizado que faz parte de qualquer relacionamento humano. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente são criadas algumas discussões com base na pluralidade de posições e opiniões diante do Ensino Religioso, em minha opinião, essas polêmicas é a essência que o viabiliza. Passou o tempo, em que este conceito era apreendido no leito materno e na Igreja. Atendo, que a família e a igreja seja um lugar por excelência desse aprendizado, mas é considerada uma catequese. Mas o fato é que vivemos hoje numa realidade em que, apesar das limitações, a escola é o espaço privilegiado em que se pode realizar tais discussões. A Igreja deverá participar como outras entidades civis, longe de qualquer forma de proselitismo, dando oportunidade a todo indivíduo de refletir sobre as questões fundamentais da existência humana. Passamos por uma mega tendência de mudanças sociais, políticas e tecnológicas que se formam pouco a pouco a partir dos diferentes e variáveis ambientes e que, uma vez configurada, nos influencia. As organizações e as instituições existem para agir no mundo, na sociedade e na história de cada ser humano que vive e se cuida diante das manifestações da natureza e da vida social as quais leva o indivíduo a pensar, a se posicionar frente às questões fundamentais da vida e a encontrar meios ou quem sabe respostas para os diversos questionamentos do dia-a-dia. Acredito que a reflexão que nos propõe o Ensino Religioso inclui os variados critérios éticos da formação da cidadania, diante de um conjunto de regras que aplicadas corretamente, nos levam a perceber a importância de saber cuidar da natureza, permitindo esclarecer posições, e uma autenticidade na busca da integridade humana, e a colaboração para a construção de uma sociedade melhor. Muitos dizem que a sociedade está em crise, a educação este em crise, que não existe mais valores, mais ética, jogando a responsabilidade para a estrutura, mas talvez seja necessário nos interrogarmos, em que estamos colaborando para a transformação dessa sociedade em crise. Depois dessa análise, devemos nos questionar quais as oportunidades que estamos oferecendo às nossas crianças e aos nossos jovens para desenvolverem a grandeza da consciência religiosa que faz parte do seu ser. REFERÊNCIAS BOFF, Leonardo – Saber Cuidar: ética do Humano – Petrópolis, RJ : Vozes, 1999. CEREZER, Clândio – Ética, uma reflexão crítica sobre o nosso cotidiano: - Mundo jovem – porto Alegre – RS : ano 45, n. 378, p.09, jul. – 2007. FOLLMANN, José Ivo – Ética e tradições Religiosas: - Mundo jovem –porto Alegre – RS: ano 48, n.407 p.11, jun. – 2010. SILVA, Márcio Bolda da – Rosto de Alteridade: Pressuposto da ética comunitária – São Paulo : Paulus, 1195. TIBA, Içami - Disciplina, Limite na Medida Certa – São Paulo: Editora Gente, 1996 – 19 ed. TIBA, Içami – Quem Ama Educa: Formando Cidadãos éticos – Ed. Atual – São Paulo: Integrare Editora 2007.
23/03/2013 19:52 Por: Raquel Araujo e Nice Affonso Ensino religioso: essencial na formação integral Desde o segundo semestre de 2012, alunos do primeiro ao terceiro ano de 80 escolas da rede municipal contam com aulas de ensino religioso, no modelo confessional. Essa nova disciplina surgiu para ajudar na formação integral do aluno e agregar valores à sua formação, já que também abrange a parte emocional, a personalidade e o caráter do indivíduo. Dessa forma, o ensino religioso não equivale a uma aula de catequese, mas tem por finalidade acompanhar o desenvolvimento da criança ou adolescente na compreensão do mistério da transcendência. O diretor do Departamento Arquidiocesano de Ensino Religioso, Padre Paulo Romão, ressaltou a importância da educação do jovem no que tange à sua identidade: — Eu acredito que é de suma importância, porque uma educação totalizante do jovem, do aluno, tem que levar em conta a sua identidade. Por exemplo, um aluno de família católica tem o direito de, no processo de formação, do conhecimento, retomar e aprofundar a riqueza da sua tradição, e, nesse sentido, o ensino religioso não esta relacionado à catequese, mas sim ao conhecimento, à formação conceitual, intelectual, humana, afetiva do aluno, disse. Padre Paulo lembrou também que, diante dos problemas da sociedade, o ensino religioso se destaca como uma possibilidade de recuperação e de uma válida retomada de valores: — Numa sociedade com tanta violência, tanto egoísmo, tanta corrupção, os valores estão destruídos. O ensino religioso possibilita justamente a recuperação, a retomada de valores que podem nortear a vida desses alunos para o resto de suas histórias. Então, é algo totalmente positivo. É um dever do Estado favorecer o ensino religioso na formação do cidadão, que nunca é neutro: ele faz parte de uma cultura, uma religião, falou. Para a professora de ensino religioso Vânia Cristina Rafaelli, a disciplina apresenta um ensinamento que fala ao coração do aluno. É através dele que o estudante aprenderá a construir o seu caráter, e isso ainda o ajudará a se posicionar diante da realidade: — O ensino religioso fala ao coração do aluno, é um ensinamento de dentro para fora, é ai que nos aprofundamos. O ensino religioso é o complemento, ele vai fechar toda a formação que esse aluno teve. As outras disciplinas são importantes, mas aquele jovem é um ser humano, ele está no mundo. Desde o início da humanidade, o homem tem implícito nele a formação religiosa, independente de qualquer coisa, afirmou. O ensino religioso nas escolas municipais é consequência de uma lei, proposta pelo próprio Executivo, aprovada em outubro de 2011 pela Câmara e sancionada pelo prefeito Eduardo Paes. O texto criou a categoria de professor de ensino religioso, abrindo a possibilidade de concurso para até 600 docentes. Houve a exigência de que esses profissionais tivessem licenciatura plena que os habilite ao magistério nas séries iniciais e finais do Ensino Fundamental e o Credenciamento emitido pela Autoridade Religiosa competente para que pudessem lecionar. A princípio, há docentes católicos, evangélicos, espíritas e de religiões afro-brasileiras ministrando a disciplina. A matricula dos alunos em Ensino Religioso foi facultativa e nenhuma outra disciplina sofreu redução de horário na grade curricular. Para que cursassem a disciplina, foi necessário que os pais — no caso do aluno ser menor que 16 anos — autorizassem e optassem, no momento da pré-matrícula, por qual credo o filho deveria seguir.

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