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segunda-feira, 30 de maio de 2016

O que é Cristologia? Cristologia é a área da teologia cristã que se ocupa do estudo da pessoa e obra de Jesus Cristo, onde apresenta quem ele era e o que veio fazer. A pessoa de Jesus Cristo é de central importância para a teologia cristã. (…) A natureza desse papel é complexa e mais bem compreendida ao se considerar seus vários elementos. (MCGRATH, 2005, p 401) A preocupação central da cristologia é a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo. Diz respeito à sua natureza divino-humana, à sua encarnação, à sua revelação de Deus, aos seus milagres, aos seus ensinamentos, à sua morte expiatória, à sua ressurreição e ascensão, à sua intercessão em nosso favor, à sua ‘parousia’ (ato de chegada e a presença subsequente), ao seu oficio de Juiz, à sua posição de Cabeça de todas as coisas, à sua centralidade dentro do mistério da vontade de Deus, dentro da restauração (CHAMPLIN, 2002, V.1, p 1084). Cristologia: A Natureza de Cristo Desde o Concílio da Calcedônia (451) é confessado pela igreja cristã as duas naturezas (humana e divina) de Cristo em uma só pessoa. Jesus Cristo é o Verbo divino “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1) que se fez carne “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14) Ele não é metade Deus e metade homem. Ele é plenamente Deus e plenamente homem. Na encarnação não houve nenhum acréscimo à sua natureza divina, mas o Verbo adquiriu uma natureza humana que não possuía antes da encarnação. Ele não é meramente um homem que possui certas qualidades divinas dentro de si, nem o Deus que possui algumas qualidades humanas, mas ele é perfeitamente Deus e perfeitamente homem, possuindo ambas as naturezas, a divina e a humana, de modo que ele é Deus cem por cento homem e cem por cento. (CAMPOS, 2004, p 101) Cristologia: Ofícios de Cristo Jesus Cristo cumpriu três distintos ofícios (Munus Triplex): ele foi o nosso profeta que nos revelou a pessoa e a vontade de Deus “E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.” (Mt 21. 10-11); o nosso sumo sacerdote, sendo o nosso mediador “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade” (Hb 8.1); e como rei ele está acima de todos os reis e de todos os senhores da terra “A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;” (1 Tm 6.15) Cristologia: Obras de Cristo A obra suprema de Cristo foi a sua morte sacrificial (Mt 1.21, Jo 1.29) que estava dentro do seu ofício sacerdotal. E essa obra de caráter expiatório pode ser dividida em três outras: Morte, Ressurreição e Ascensão. a) Morte: A Morte de Cristo é a base da doutrina cristã, onde Cristo morreu por nossos pecados “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3), ou seja foi uma morte substitutiva / vicária (Jo 8: 46; 1 Pe 2: 22; Hb 4: 15), além disso foi uma morte propiciatória “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10), pois a morte D’Ele propiciou a reconciliação de Deus com os homens (2 Co 5.19). b) Ressurreição: A Ressurreição de Cristo é o milagre da fé cristã, pois foi algo físico seu corpo ressuscitou não apenas em espírito, ou na memória dos seus discípulos, mas de forma real (Mt 28: 1-9; 16-20; Mc 16: 1-18; Lc 24: 1-49; Jo 20: 1-21) “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido. Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (1 Co 15. 3-20) O que testifica a sua real divindade, sendo Filho de Deus, Salvador e Senhor “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1.4) aquele que venceu o pecado, isso significa que temos um sumo sacerdote que intercede por nós, sendo Jesus aquele que morreu por nós, mas que agora ressuscitado vive por nós “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8.34). c) Ascensão: A ascensão de Cristo se refere à subida de Jesus Cristo aos céus “E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.” (Lc 24.51), a proclamação do seu triunfo e a sua Glorificação “O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.” (1 Pe 3.22). Ele é soberano e exerce autoridade sobre os membros da igreja (Ef 5 21-23), sendo o Cabeça da Igreja “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15) O valor da ascensão de Cristo para a igreja é da esperança verdadeira que garante o domínio futuro e final de Cristo (1 Co 15. 25; 1 Pe 1.8) Cristologia: Heresias sobre a pessoa de Cristo ao longo da história Ebionismo: Negaram a plena divindade de Jesus Cristo e a possibilidade haver uma união entre o divino e o humano. séc.: I; Humanidade: afirmada; Divindade: negada Docetismo: Tinham a ideia de que a humanidade de Cristo não era real, somente aparente. séc.: II; Humanidade: negada; Divindade: reduzida Cerintianismo: Afirmavam que Jesus era apenas um homem dotado de sabedoria e uma maior santidade. séc.: II; Humanidade: afirmada; Divindade: reduzida Monarquismo Modalista (Sabeliano – igreja oriental e Patripassionismo – igreja ocidental): Tinha uma tendência docética (Cristo não era realmente homem), para eles Cristo era divino e não era uma pessoa distinta de Deus. séc.: III; Humanidade: Negada; Divindade: Afirmada Arianismo: Teve sua origem no ebionismo, tinham a ideia de que Cristo tinha uma posição intermediária entre a de Deus e o homem. Jesus Cristo é apresentado como uma das criações de Deus. séc.: IV; Humanidade: Reduzida; Divindade: mutilada (base dos Testemunhas de Jeová) Apolinarianismo: Foi um erro cristológico cometido pelo bispo em Laodicéia Apolinário, que negou a plena humanidade de Cristo séc.: IV; Humanidade: reduzida; Divindade: Afirmada Nestorianismo: Teve origem com Nestorius (patriarca de Constantinopla), nesse movimento afirmavam que haviam duas pessoas (divino e humano) lado a lado sem vínculo, apenas unidas por uma mera união moral. séc.: V; Humanidade: afirmada (dividiam a pessoa de Cristo); Divindade: afirmada Eutiquianismo (Monofisismo): Ensinavam que Jesus Cristo possuía uma terceira natureza, pois a sua natureza divina havia absorvido a natureza humana. séc.: V; Humanidade: reduzida; Divindade: reduzida Monotelismo: Foram contra ao Nestorianismo, mas também acreditavam na absorção da natureza humana pela natureza divina em Cristo. séc.: VI; Humanidade: reduzida; Divindade: reduzida Adocionismo (Monarquianismo Dinâmico): De tendência ebionítica negou a plena divindade de Cristo, mas sobressaiu a sua humanidade séc.: VIII; Humanidade: afirmada; Divindade: negada Socinianismo: É antitrinitária (rejeita a doutrina da Trindade) para eles Jesus é apenas um homem. séc.: XVI; Humanidade: afirmada; Divindade: Negada Liberalismo: Consideram Jesus apenas como um homem, que foi um modelo, como um professor. séc.: XVIII-XIX; Humanidade: Afirmada; Divindade: Negada Unitarianismo: Ensinam que Deus é uma pessoa individual, negam o sacrífico de Cristo na cruz. séc.: XIX; Humanidade: Afirmada; Divindade: Negada Liberalismo Contemporâneo: Há um abandono do que característico a fé cristã, não se existe mais um salvador pessoal, defendem apenas o Jesus histórico (parte humana), sendo Cristo apenas um modelo moral a ser seguido. séc.: XX; Humanidade: afirmada; Divindade: Negada Eixo Central da Cristologia Ortodoxa: Jesus é a perfeita revelação de Deus, sendo o caminho, a verdade e a vida que nos leva a Ele (Jo 14.6). séc.: Jesus é aquele que existe desde a criação do mundo “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pe 1. 20) Humanidade: 100% homem Divindade: 100% divino Referências CAMPOS, H. C. A Pessoa de Cristo: As duas Naturezas do Redentor. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004. CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de bíblia teologia e filosofia. V. 1. Hagnos, 2002. MCGRATH, A. E. Teologia sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã. São Paulo: Shedd Publicações, 2005.

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