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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ciência da religião Ciência da religião é a disciplina empírica que investiga sistematicamente religião em todas as suas manifestações. Um elemento chave é o compromisso de seus representantes com o ideal da neutralidade frente aos objetos de estudo. Não se questiona a "verdade" ou a "qualidade" de uma religião. Do ponto de vista metodológico, religiões são "sistemas de sentido formalmente idênticos". É especificamente este princípio metateórico que distingue a ciência da religião da teologia. Objetivo[editar | editar código-fonte] O objetivo da ciência da religião é fazer um inventário, o mais abrangente possível, de fatos reais do mundo religioso, bem como um entendimento histórico do surgimento e desenvolvimento de religiões particulares, uma identificação de seus contatos mútuos e a investigação de suas inter-relações com outras áreas da vida. A partir de um estudo de fenômenos religiosos concretos, o material é exposto a uma análise comparada. Isso leva a um entendimento das semelhanças e diferenças de religiões singulares a respeito de suas formas, conteúdos e práticas. O reconhecimento de traços comuns entre as diferentes religiões, por parte do cientista da religião, permite a definição de elementos que caracterizam universalmente o fenômeno religioso, ou seja, como um fenômeno antropológico universal. Precursores[editar | editar código-fonte] O interesse pelo estudo das religiões remonta a Hecateu de Mileto (546-480 a.C.) e Heródoto (485-420 a.C.). O orador romano Cícero (106-43 a.C.) analisou, por sua vez, o fenômeno religioso em sua obra "Sobre a natureza dos deuses" (De Natura Deorum), adotando uma perspectiva mais filosófica que científica ao criticar o epicurismo. Antes de a ciência da religião se tornar um campo de estudo (como observado nos Estados Unidos, principalmente na década de 1960), muitos intelectuais haviam explorado a religião sob várias perspectivas. Um deles foi o famoso psicólogo e filósofo pragmático William James. Dentre suas publicações, destaca-se "Variedades da Experiência Religiosa" (1902), na qual examina a religião sob o ponto de vista psicológico e filosófico e cuja influência perdura até os dias de hoje. Em seu ensaio The will believe and other essays in popular philosophy (1897), William James defende a racionalidade da fé. O sociólogo e economista Max Weber estudou a religião sob a perspectiva socioeconômica em seu famoso ensaio "A ética protestante e o espírito do capitalismo" (1904-1906), considerada por muitos como a obra mais importante do século XX[1] . Émile Durkheim, considerado o pai da sociologia moderna, publicou, em 1912, uma das mais importantes análises da religião como fenômeno social em sua obra "As formas elementares da vida religiosa". Estrutura Curricular[editar | editar código-fonte] A ciência da religião é tradicionalmente subdividida entre Religiões Comparadas ou Ciência da Religião Sistemática, e História das Religiões ou Ciência da Religião Empírica, desde a proposta de Joachim Wach em 1924[2] . Mais recentemente, nas últimas três décadas, surgiu o que pode ser considerado uma terceira subdisciplina: a Ciência da Religião Aplicada ou Ciência Prática da Religião, que busca pensar contribuições mais pragmáticas e diretas à toda sociedade, como em política cultura e internacional, ou na educação (ensino religioso laico)[3] [4] . Em termos de pesquisa, apresenta uma estrutura multidisciplinar, em que metodologias e teorias de outros ramos da Ciências Humanas e Sociais são emprestadas para instrumentalizar o estudo. A história das religiões, a filosofia da religião, a sociologia da religião e a psicologia da religião são as mais referidas. Mas há outras, como, por exemplo, as neurociências [5] , a economia da religião e a geografia da religião, uma matéria que atualmente ganha força na Universidade de Tübingen, na Alemanha. Ciências da religião no Brasil[editar | editar código-fonte] No Brasil, na área da ciência da religião, são, frequentemente, citados as teorias e os resultados da etnologia e da antropologia. A maioria dos programas acadêmicos na área são oferecidos por universidades com afiliação religiosa. Na estrutura educacional brasileira da educação básica, não é ensinada a disciplina ciências da religião, porém a educação religiosa é um componente do ensino fundamental que contempla elementos das ciências da religião.[6] Ligações externas[editar | editar código-fonte] Hierofania e Ecologia [1] Experiência do Sagrado e Fenomenologia da Religião [2] Referências Bibliográficas[editar | editar código-fonte] DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. Tradução de Joaquim Pereira Neto. São Paulo: Paulus, 1989. Usarski, Frank: Constituintes da Ciência da Religião. Cinco ensaios em prol de uma disciplina autônoma, São Paulo: Paulinas, 2006 Usarski, Frank (org.): O espectro disciplinar da Ciência da Religião, São Paulo: Paulinas, 2007. WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Tradução de Pietro Nassetti, São Paulo: Editora Martin Claret, 2003.

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